Esse trabalho visou estudar uma área inserida na planície fluvial do
rio Apodi-Mossoró. Trata-se de uma ilha fluvial denominada Ilha da Coroa,
situada no bairro alagados, zona urbana de Mossoró. Procurou-se avaliar vários
parâmetros ambientais para verificar a viabilidade de criação de unidades de
conservação. Para isso foram realizados levantamentos bibliográficos e da
legislação pertinente, análise de fotografias aéreas, aplicação de
questionários com moradores e usuários da área, visita a órgãos públicos para a
coleta de dados e diversas checagens de campo. Apesar dos indicadores se mostrarem,
na sua maioria, desfavoráveis, a possibilidade de criação de unidades de
conservação na área da Ilha da Coroa não deve ser descartada devido Ã
grande fragilidade dos ecossistemas fluviais associados à bacia do rio
Apodi/Mossoró.
FONTE – SOCIEDADE & NATUREZA
Com uma área total de 79 ha, a Ilha da Coroa
possui 68,5 ha de área com existência de vegetação de porte arbóreo/arbustivo e
10,5 ha correspondendo a áreas onde ocorreu a supressão total da vegetação
natural, submetidas a algum tipo de uso como o plantio de culturas ou a
pastagem de animais com maior predominância de bovinos e suínos. De uma forma
geral, toda a vegetação da Ilha vem sendo modificada através de um uso e
ocupação sem controle e predatório promovido pelas famílias que habitam a área
de entorno. Mesmo nas áreas com vegetação de porte maior, são marcantes os
sinais da degradação promovida pelo homem. As visitas de campo revelaram uma
presença expressiva da carnaúba, que é uma espécie vegetal ciliar original do
bioma caatinga, competindo em praticamente toda a área da ilha com a algaroba
que é uma espécie invasora.
FONTE – INTERNET
SOLO
O solo existente na ilha é o Neossolo flúvico.
Atividades de extração de areia realizadas pela população de entorno da Ilha da
Coroa puderam ser constatadas por entrevistas abertas com os moradores e também
pela visualização direta das áreas degradadas, abandonadas sem a devida
recuperação (FIG. 5). Os efeitos
dessa ação para o meio ambiente vão desde a retirada da cobertura vegetal, a
exposição do solo, até o aumento da remobilização de areia para dentro do canal
fluvial, aumentando assim, através do assoreamento, a área de inundação no
período de maior precipitação. Além disso, a camada superficial de areia
funciona como filtro físico e biológico para as águas subterrâneas e, portanto,
sua retirada representa a diminuição destas importantes funções no ecossistema
local. Sendo permitido esse tipo de atividade, várias medidas deveriam ser
tomadas para a diminuição dos impactos ambientais negativos ao meio ambiente
como a imediata recomposição da estrutura vegetal e manejo adequado do solo.
FONTE - INTERNET
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